quarta-feira, 16 de outubro de 2019

O que é Psicologia? - Maria Luiza S. Teles [trechos]

Doenças psicossomáticas (distúrbios emocionais) que se refletem fisicamente no organismo, como é o caso da maioria das úlceras.
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[...] No sentido etimológico, seria a ciência da alma ou o estudo da alma.
Foi a partir daí que os gregos começaram suas especulações. Achavam que todo ser humano possuía uma contraparte imaterial do corpo, de onde provinham os processos psíquicos, dos quais o cérebro seria apenas mediador.
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René Descartes (1596-1650) - distinção entre corpo e mente.

Material - os organismos sub-humanos, que sofrem processos fisiológicos, como alimentação, digestão, circulação sanguínea, funcionamento nervoso, movimentos musculares e crescimento.

Mente - raciocinar, conhecer e querer.

Interação da mente com o seu correspondente físico - sensação, imaginação e instinto (impulsos para a ação).
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O empirismo inglês e o racionalismo alemão

A filosofia empirista enfatizou, pois, os papéis da percepção sensorial e da aprendizagem no desenvolvimento da mente. John Locke, empirista inglês, afirmava que a criança nascia com a mente como uma tabula rasa, página em branco onde a experiência e a percepção sensorial iriam inscrever todo o conteúdo.
Os empiristas ressaltavam o papel da memória e das associações mentais, para justificar a base sensorial do conhecimento.

Associacionismo, considerado por muitos como a verdadeira ruptura entre a Psicologia e a Filosofia.
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Os racionalistas alemães, por outro lado, afirmavam que a mente teria o poder de gerar ideias, independentemente da estimulação sensorial. O conhecimento se basearia na razão e a percepção seria um processo seletivo.
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Podemos afirmar, aliás, que, ao longo do século XIX, o que existe e é praticado nos laboratórios é uma psicofísica ou psicofisiologia, tamanha a confusão entre os princípios da Física e da Biologia e os estudos psicológicos.
O nascimento da Psicologia como disciplina autônoma só vai ocorrer, verdadeiramente, a partir de 1879, em Leipzig, com a criação por Wundt do primeiro laboratório exclusivamente dedicado aos estudos psíquicos.
A Psicologia passa, então, a ser considerada ciência, pelo simples fato de os cientistas a ela se dedicarem experimentalmente. Entretanto, não se fala ainda em comportamento, conduta ou ação.

A consciência - sede das percepções, ideias, sentimentos e motivos.

No início do século XX, com o aparecimento das chamadas escolas psicológicas: Estruturalismo, Funcionalismo, Behaviorismo, Gestaltismo e Psicanálise, ocorre um rompimento com o dualismo implícito na Psicologia, então definida como a ciência do psiquismo ou dos fatos da consciência.
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Psicologia se preocupa com o Homem.
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Homem - ser capaz de criar cultura, emocionar-se, perceber o que se passa com seus iguais e sentir com eles.

O Behaviorismo entende o Homem como sendo uma caixa preta, sua mente e psiquismo como inacessíveis ao estudo pela Psicologia. Os behavioristas resumem tudo em Estímulos e Respostas. Para eles, cada estímulo determina uma resposta específica.
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O observador ser também humano- e conhecer a história e a cultura particular do observado - lhe permite penetrar nessa caixa preta, por um processo de identificação.
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O Homem é um animal essencialmente diferente de todos os outros. Não apenas porque raciocina, fala, ri, chora, opõe o polegar, cria, faz cultura, tem autoconsciência e consciência da morte. É também diferente porque o meio social é seu ambiente específico, Ele deverá conviver com outros homens, numa sociedade que já encontra, ao nascer, dotada de uma complexidade de valores, filosofias, religiões, línguas, tecnologia.
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Longos anos haverão de se passar até que o ser humano tenha condições físicas, intelectivas e emocionais para sobreviver em seu ambiente próprio. O animal é provido de instintos, o homem não. Por isso ele terá que aprender quase tudo.

instinto: uma série de atos repetitivos que levam a determinado fim.
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O ser humano tem, portanto, reflexos, necessidades, impulsos, mas não instintos, pois, para atender às necessidades mais primárias, necessita de alguma aprendizagem. Ele tem o impulso de sobrevivência, a necessidade de alimento etc., mas para atendê-los precisa aprender. E vai aprender de acordo com os padrões correntes em sua sociedade específica e em sua família.
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...o Homem não seria capaz de fazer cultura nem de pensar sem a linguagem.
A linguagem permite ao Homem legar o presente ao passado e antecipar o futuro.
Sem a linguagem, tanto oral quanto escrita, teríamos de estar eternamente recomeçando,...
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Nossa visão de mundo, a maneira como vamos compreender a realidade estão estreitamente ligadas à linguagem. É através das nossas relações com os outros, em que a linguagem se coloca como fator primordial, que vamos elaborar nossas representações do que é o mundo.
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...temos necessidades físicas, psíquicas e sociais que nos levam a agir em busca de satisfação ou redução de tensão.
insatisfação, tensos, músculos se enrijecem e certas glândulas liberam determinados hormônios em nosso sangue.
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Quando este objetivo é alcançado, há a redução de tensão e, portanto, o relaxamento. Estado de equilíbrio que o organismo alcança com a satisfação da necessidade chamamos de homeostase.
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O Homem, um organismo biológico que, em contato como os outros de sua espécie, deverá tornar-se Pessoa, Gente, Ser Humano. Desenvolver um Self, que é a consciência de si, a capacidade de se ver e se analisar, de perceber o que o outro pensa e sente, colocando-se em seu lugar.

Além dos reflexos, o equipamento humano inato presume impulsos, necessidades, emoções básicas, mecanismos de resposta, capacidade de percepção, potencial intelectual, processos sensórios, memória, temperamento.
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É da interação Eu-Mundo que há de se formar a personalidade.
O Mundo implica uma série de regras, limitações, conceitos: (...) o Eu tentando preservar a individualidade e a Sociedade tentando impor seus conceitos e padrões.
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(...) reações que se apresentam como úteis, em determinado momento, para a redução de tensão excessiva, podem ser perigosas para o ajustamento geral do indivíduo. Daí pode surgir o desajustamento pois estas reações costumam tornar-se tão firmes como hábitos, que o indivíduos e torna incapaz de superá-las.
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(...)o sujeito vai reagir ao mundo conforme ele os percebe.

O processo de desenvolvimento humano é um processo de ajustamento. Todos devemos atender a uma série de necessidades internas e, ao mesmo tempo, às imposições e limitações do ambiente, tanto social quanto físico. Em suma: o objetivo de todo comportamento é a aquisição de um repertório de respostas que nos permitam harmonizar as duas tendências.

Frustração é exatamente o contrário da satisfação.
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...frustração por demora, por contrariedade e por conflito.
A frustração por demora é talvez a mais comum e aquela a que as pessoas se adaptam com maior facilidade. (...) a criança é quem mais sofre com ela, pois não tem ideia real do tempo e desconhece que a satisfação poderá vir em seguida.
A frustração por contrariedade ocorre quando alguma interferência, alguma barreira nos separa de nosso objetivo. (...) Este tipo de frustração é bem mais doloroso e difícil de ser suportado.
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Frustração por conflito acontece quando nos vemos diante de duas exigências e só podemos atender a uma.
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Agressão, agressão deslocada, regressão, fantasia, fixação, apatia e outros mecanismos de defesa costumam ser consequência de frustração, assim como o esforço intensificado, a mudança dos meios e a substituição do objetivo.
- agressão: o marido chega em casa com fome e, não encontrando o almoço pronto, agride verbalmente a esposa.
- agressão deslocada: o garoto impedido pelos pais de ver um filme, não podendo se voltar contra eles, bate no irmão menos por questão de somenos importância.
- fantasia: a moça que, não conseguindo conquistar determinado rapaz, passa, com frequência, a imaginar-se nos braços dele, em situações amorosas.
- regressão: a criança, já grandinha, que, por um fracasso na escola, volta a urinar na cama.
- fixação: alguém que com gritos conseguiu, em alguma ocasião, alcançar seu objetivo, repete sempre o mesmo comportamento toda vez que deseja obter algo, embora a estratégia possa não mais funcionar.
- apatia: um garoto, depois de repetir o ano várias vezes na escola, não mais se esforça no estudo e não se importa com mais nada.
- esforço intensificado: alguém que, tendo perdido um concurso, passa a estudar com mais afinco para o próximo.
- mudança dos meios: um macaco peleja para alcançar uma banana colocada a uma certa distância da jaula e não consegue; pega, então, uma vara e puxa com ela a banana.
- substituição de objetivos: a moça abandonada pelo noivo, que arruma outro namorado.
- racionalização: a maneira de justificar logicamente o que fazemos e aquilo em que acreditamos. Exemplos: "não passei no concurso porque as provas foram mal elaboradas"; "não dancei com fulano porque ele não me interessa" (sendo que ele nem tomou conhecimento da presença dela; este é o mecanismo das uvas verdes); "estou muito satisfeita por meu filho ter perdido o vestibular, acho que é bem melhor que ele trabalhe" (mecanismo do limão doce).
- compensação: a pessoa disfarça as fraquezas mediante o realce de uma característica desejável ou encobre a frustração numa área pela excessiva gratificação em outra. Exemplos: pessoa que, frustrada sexualmente, se compensa alimentando-se com exagero; o menino de constituição franzina que, não conseguindo sobressair-se nos esportes, dedica-se intensamente aos estudos e consegue ser o primeiro da classe.
- projeção: significa culpar outros pelas nossas dificuldades ou atribuir-lhes os próprios desejos não-éticos. É, portanto, uma forma de auto-engano, pela qual atribuímos a alguém nossas limitações, desejos, pensamentos indesejáveis e, inclusive, motivos e comportamentos que expliquem nossas atitudes. Exemplo: uma mulher desejava fazer um curso superior, mas nunca se animava a prestar o vestibular. Por fim, vivia se lamentando e dizendo que não havia estudado porque o marido nunca a incentivara.
- identificação: é a assimilação das qualidades de uma personalidade qualquer que possui o desejado, aumentando com isso o sentimento de valia própria. Exemplo: uma pessoa que se ressente com a pobreza procura imitar o comportamento de indivíduos de classe social mais abastada, sentindo-se com isto superior.
-fuga: mecanismo através do qual o sujeito evita a situação que pode provocar-lhe frustração. Exemplo: um aluno, despreparado para um exame, apresenta no dia marcado uma terrível dor de cabeça, que o impede de realizar a prova.
- negação: a pessoa se nega, sistematicamente, a enxergar a realidade dolorosa. Por exemplo: a mãe que, avisada de que seu filho usa drogas, não procura investigar e afirma com veemência que aquilo não é verdade.

É impossível viver sem frustrações. Entretanto, a frustração crônica pode ter efeitos bastante deletérios, como o abalo da saúde física. A frustração prolongada pode provocar distúrbios como úlceras, pressão alta, asma, erupções cutâneas, dentre outros.

Todo indivíduo tem determinado nível de tolerância à frustração. Sempre que ela ultrapassa este nível, desorganiza-se o comportamento.
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Dependendo da natureza do conflito, o sujeito pode apresentar desde ligeira indecisão até bloqueio completo ou enorme tensão.

conflitos: teatro ou cinema? (duas opções agradáveis) amar alguém com gênio ruim (o objetivo é, ao mesmo tempo, agradável e desagradável) vender relógio ou não pagar aluguel? (as duas opções são desagradáveis).

Em situações de conflito ou frustração, o indivíduo tende a apresentar ansiedade.
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Pode-se descarregar temporariamente a tensão psicológica mediante catarse, mas esta não resolve o conflito. As soluções a largo prazo, entretanto, dependem de se encontrar formas socialmente aceitáveis, evitando as valências negativas ou substituindo a valência positiva por outra menos ativadora de ansiedade.
A ansiedade é bastante semelhante ao medo e desencadeia as mesmas sensações físicas, como tremores, taquicardia, transpiração, palidez etc. O medo é reação diante de perigo real, objetivo, enquanto a ansiedade é sensação difusa diante de perigo imaginário ou oculto e subjetivo.
A característica principal da ansiedade é a impressão de que algo terrível e indefinido ameaça o indivíduo, algo conta o qual ele se sente impotente.
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A ansiedade crônica ou prolongada é extremamente danosa ao organismo, provocando reações psicossomáticas que podem ser bastante significativas.

a ansiedade pode resultar em duas reações diferentes: depressão ou excitação, ou ambas alternadas. Há sintomas particulares somatizados: o corpo apresenta rigidez muscular, manifestada por movimentos secos e gesticulação sem fluidez; a respiração torna-se retida, tensa, superficial. Se predomina o sistema nervoso simpático, aparecem falta de apetite, digestão lenta, prisão de ventre; se o parassimpático, surgem apetite voraz, rapidez digestiva, compulsão alimentar. No primeiro caso, tendência à agitação, descontrole da imaginação, insônia; no segundo, apatia e sono exagerado. Em ambos os casos estão presentes as sensações de fadiga ou esgotamento.

A tensão excessiva pode causar temor, instabilidade afetiva, susceptibilidade, incapacidade para suportar o desagradável, incapacidade de concentração, pouco rendimento intelectual. O indivíduo se torna desanimado, indolente, ou se compensa no ativismo, apresentando instabilidade.
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O conflito, a frustração e um certo grau de ansiedade fazem parte da dinâmica da vida. Entretanto, quando passam a ser uma constante (...) instala-se nele a neurose.

Nos conflitos neuróticos, as tendências contraditórias em ação não são reconhecidas, mas profundamente reprimidas; os fatores emocionais são racionalizadas e as tendências em ambos os sentidos são compulsivas, fortes, irresistíveis. Sendo os conflitos inconscientes, as tendências opostas reprimidas e as emoções sempre racionalizadas, torna-se então extremamente difícil, quase impossível, ao indivíduo resolvê-los sem ajuda exterior.
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O indivíduo apresenta medos generalizados: de enlouquecer, de ser desmascarado, do ridículo, da desconsideração, da humilhação, de qualquer situação de mudança. Desperdiça muita energia, estagnando-se na ineficiência e na incapacidade de assumir uma atitude definida. Apresenta depressão crônica, passando a preocupar-se com o futuro, a morte, ideias suicidas e mostra desencorajamento, desalento, conformismo. Algumas vezes, revela tendências sádicas, com a escravização moral e psíquica de outrem, manejamento das emoções alheias, exploração e humilhação de outrem, tendência para depreciar (gosto de focalizar os defeitos dos outros), inveja e sentimento de vingança, sadismo revertido (espécie de masoquismo ou gosto pelo sofrimento).

Sentimentos de culpa são expressão de ansiedade ou de defesa contra ela. São, também, efeito do medo da reprovação. Mas por que o neurótico tem de reprovação? Em primeiro lugar, por causa da discrepância entre a fachada, que apresenta para si e para os outros, e as tendências recalcadas que jazem por detrás; em segundo lugar, porque quer esconder o quão fraco e insegura se sente; e, finalmente, porque, mais do que os outros, tem necessidade da aprovação alheia que significa, para ele, a segurança do afeto.
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impedindo-o de viver uma vida normal e sadia.

Os sentimentos de culpa costumam manifestar-se através de auto-recriminação, sutil ou declarada; do medo de ser censurado; da necessidade de expiação através do sofrimento; do perfeccionismo;da hipersensibilidade em relação a qualquer desaprovação; da cautela para não cometer enganos; do refúgio na ignorância, na doença, na incapacidade e na posição de vítima.
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Psicanálise - forte base na Biologia, mas abrindo perspectivas para um estudo mais amplo e centrando suas pesquisas no Homem.

Psicologia Transpessoal / Parapsicologia, à Física e à Psicobiofísica.
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descoberta por Sigmund Freud, a psicanálise ... se fundamenta sobre a teoria do recalcamento (repressão de necessidades), significando, também, método de exploração do psiquismo humano e terapêutica para certas neuroses.
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impulso ou motivo
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Para ele, a personalidade é composta por: id, ego e superego - biológico, psicólogo e social.
id - impulsos primários.
ego - consciência, conciliador, solucionador, planejador. Busca o relacionamento com o ambiente.
superego - consciência moral, censor, normas, exigências, valores.
A atividade psíquica é consciente e inconsciente, sendo que a parte consciente não é senão a ponta do iceberg
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Para Freud, a infância é a ápoca decisiva na organização da personalidade e é nesta fase que têm origem as neuroses e psicoses.
As frustrações intensas que ocorrem na infância, e os efeitos educacionais como a superproteção, a instabilidade, o controle rígido, a carência de afeto levam o indivíduo à angústia, agressividade, revolta, insegurança, timidez, dependência, irritabilidade, nervosismo etc., comportamentos estes que, por sua vez, motivarão outras formas inadequadas de contato com o ambiente.
Também os conflitos havidos neste período, determinando a repressão dos impulsos, podem produzir, mais tarde, a desintegração da personalidade. Eles não morrem, mas ficam dinâmicos no inconsciente.
É na infância que se adquirem os complexos, tendo importância básica o de Édipo (do menino) ou Eletra (da menina), que é a atração experimentada pelo genitor do sexo oposto, acompanhada de ciúme com relação ao outro. Este complexo pode ser resolvido com a identificação da criança com um dos pais (o do mesmo sexo). Este processo de identificação é importantíssimo para a futura vida amorosa do indivíduo.
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O conflito é sempre um choque entre os desejos do id e a censura. A libido (forças da vida, busca do prazer) recalcada procura sempre válvulas de escape: sonhos, arte, cultura, sintomas neuróticos.
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indivíduo saudável emocionalmente? ... criativo, amoroso, receptivo, perceptivo, decidido, capaz de verdadeira intimidade, verdadeiro, espontâneo.
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Atualizar é tornar verdadeiro, existir de fato e não somente em potencial. Assim, auto-atualizar é aprender a sintonizar com sua própria natureza íntima. Isto significa decidir-se sozinho. A honestidade e o assumir responsabilidade de seus próprios atos são elementos essenciais na auto-atualização. Ao invés de posar e dar respostas calculadas para agradar outra pessoa ou dar a impressão de sermos bons, devemos procurar as respostas em nós mesmos. Toda vez que fazemos isto entramos em contato com o nosso íntimo.
Auto-atualização é também um processo contínuo de crescimento, de desenvolvimento das próprias potencialidades. Isto significa usar a inteligência e habilidades e "trabalhar para fazer bem aquilo que queremos fazer".
Um passo além na auto-realização é conhecer as próprias defesas e então trabalhar para abandoná-las. Precisamos nos tornar mais conscientes das maneiras pelas quais distorcemos nossa auto-imagem e a do mundo exterior através dos mecanismos de defesa.
Os humanistas acreditam que o homem tem uma potencialidade infinita para expandir-se crescer, realizar-se e que todo comportamento visa a este objetivo.
A tendência inata à auto-realização pode ser descrita como a tendência do organismo para reduzir as impulsões biogênicas (ou fisiológicas), tornar-se independente do ambiente, usar tanto quanto possível suas habilidades, criar e chegar a níveis mais altos de eficiência.
"Tornar-se pessoa" significa libertar-se das peias internas, tornar-se capaz de um contato verdadeiro (intimidade) com o outro, não fazer jogos, não usar máscaras, não se satisfazer com o simples ajustamento, mas tender a criar novas ideias e coisas, ser cooperativo, receptivo e amoroso.
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E-R
associação entre estímulos e respostas.
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A teoria de Pavlov é a do condicionamento clássico, em que um estímulo neutro, como o som de uma campanha, é sistematicamente emparelhado com algum outro estímulo, como um choque elétrico, que produz regularmente uma resposta forte e incontrolável da parte do sujeito.

Thorndike é a sua Lei do Efeito. Esta lei diz que a conexão entre um estímulo e uma resposta é fortificada quando a associação entre eles satisfaz o organismo.
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Alimento, elogio, dinheiro, um balançar de cabeça e um sorriso são exemplos de reforços positivos. Reforço negativo, aquele que provoca uma resposta esquiva, isto é, o indivíduo evita determinado comportamento com medo da punição. Ex: um garoto que tirou notas baixas na escola é proibido pelos pais de ver televisão por um mês. O garoto, então, estuda mais para evitar o castigo.

Para que a punição seja efetiva é melhor dar uma resposta alternativa que resultará num reforço positivo.
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A Psicologia Transpessoal parece surgir a partir de vertentes como o trabalho de Jung, os trabalhos de Einstein, dos físicos modernos, a Filosofia Oriental e as correntes de auto-realização.
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o anormal está se tornando normal
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neurose coletiva
empobrecimento afetivo
emoções violentas
total isolamento
dicotomia moral
Uma pessoa que perde a sua unidade, a sua integridade, a sua coerência, perde o eixo de si própria e não tem mais condições de funcionar como um ser humano.
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sentimentos de culpa
inconsciente
alienação
realidade
fanatismo religioso e político
competitividade desgasta
cooperação
é triste ver que os próprios pais e a Escola, ao invés de incentivarem o espírito associativo e cooperativo das crianças e dos jovens, preparam-nos, desde cedo, para uma acirrada competição.
ideal consumista
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decomposição do sistema capitalista
Não podemos aceitar que um Sistema em que já não acreditamos continue a determinar nossos comportamentos e reivindicações.¹
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¹esse último parágrafo é o que define todo o viés político dos livros dessa coleção.

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