domingo, 21 de agosto de 2011

1984


no passado eu tinha lido 1984 de George Orwell (nome fictício do autor).

Tinha escrito algumas frases deste livro na agenda, mas algumas delas só dá pra entender quem leu o livro, por ter palavras próprias utilizadas no livro. Livro, livro, livro.... enfim!
Como eu cheguei a ler 1984?
Algumas músicas de David Bowie tinha referências deste livro, tanto a música que tem o próprio nome do livro "1984", quanto "Big Brother". E vai saber lá se tem mais músicas.
Sabe o Big Brother Brasil? BBB? Pois é! Aquela merda do BBB foi tirado deste livro maravilhoso de George Orwell, uma ofensa antes de mais nada.
Mas não foi só David Bowie, foi Radiohead também. Eu vi numa comunidade discutindo músicas do Radiohead, e vi que tal banda se inspirava muito em muitos livros para criar suas músicas. Tinha lá algum trecho de 1984, ainda não foi aí que eu me interessei em ler.
Eu fui à livraria e de repente vi o livro. Lembrei das músicas e alguns comentários, pois muitas pessoas falavam do livro. Algumas até mudaram sua maneira de pensar.
Resolvi comprar. Li e adorei o livro. É um livro único, fugindo de muitas classificações, e com certeza um dos melhores livros já vendidos.
Linguagem - o livro tem uma linguagem própria. Ele ensina ao longo dos capítulos algumas palavras que estão no dicionários que são usadas pelos personagens. Não sei explicar direito, acho que só lendo mesmo.
Filme - Pra quem nunca leu o livro, é muito difícil entender o filme, mesmo tendo uma "explicação" no começo do filme, dizendo que faz "alusão" à Guerra Fria. O livro não foi escrito no ano 1984, ele foi publicado em 1949. George Orwell, meio que estava querendo 'prever' o que seria em 1984.
Hoje, algumas pessoas brincam dizendo em o que George acertou ou não. Na minha opinião, não foi essa a intenção de George Orwell, talvez fosse apenas um 'alerta' para as pessoas daquela época, por isso usou um nome falso pra publicar o que ele publicava. Ele denunciava a 'alienação' das pessoas com relação a política principalmente. O que ocorre hoje, não é nem tanto uma alienação na política, mas sim nos meios de comunicação em geral, a mídia que controla as pessoas. A mídia diz como a pessoa deve se comportar, como deve se vestir e o que deve comprar. Aí vem o consumismo em excesso, vem aí um conceito equivocado do que é necessário se preocupar: saúde, estética e benefícios.
Em geral, as pessoas vivem em um padrão, a partir de quando nasce, até quando morre, o que você terá que passar, terá que enfrentar, terá que desfrutar, terá que comprar e etc.
Voltando ao filme: Pra quem não leu o livro, é difícil entender o filme, acho que ninguém entenderia sinceramente, é por isso que não gostei tanto assim do filme, achei ele muito, mas muito resumido, rápido e breve, confuso demais pra entender. Meu irmão colocou esse filme pra assistir, e a namorada dele dormiu, minha amiga não entendeu nada. Só quem entendeu mesmo fui eu e meu irmão, pois tínhamos lido o livro, enfim.

OBS.: quem quiser ler o livro, não leia isso:

Como é a história afinal?
A história ocorre com o personagem principal, Winston. Ele trabalhava com a queima de arquivos. Nada era arquivado, para ninguém estudar a história e saber como era antigamente. Mas Winston tinha lembranças do passado, sentia saudade de como era antigamente, de como era Londres antigamente, como funcionava tudo quando ainda era criança.
Quem fosse contra o Partido, se dizia ter pensamento-crime. Ou seja, quem era contra o Partido, era um criminoso. Daí era preso, faziam uma lavagem cerebral, e ele se arrependia de tudo o que tinha feito e pedia desculpas para a 'Nação' e morria perante todos.
Winston conheceu Julia, com ela viveu um romance. Julia era jovem e, que nem Winston, contra o partido. Assim como ele, trabalhava para o partido, mas claro que não revelava que era contra o partido.
Havia também os proletas, que não eram considerados cidadãos, e vivia na pobreza, ainda como era antes.
Havia "guerras" - pelo menos era o que se dizia - e o partido se dizia forte, conquistando várias terras. Havia também câmeras, escutas em todos os lugares. Havia rádio em todos os lugares, informando sobre as guerras, sobre o que se tinha conquistado e etc.
Nisso, Winston e Julia se encontravam escondidos em cima de uma loja de proleta. Há uma surpresa: Eles estava o tempo todo sendo vigiados desde o início. São presos. Depois passaram por uma série de torturas. Uma é a lavagem cerebral. Todos que era presos passava por uma tortura: eles usavam sua maior fraqueza contra você. Winston tinha pavor de ratos, advinha o que fizeram? Não vou nem contar o resto.
Winston não comia, cada vez mais ficava magro, fraco e envelhecia rapidamente. Tinha sempre alguém lhe ensinando a respeitar o partido. O partido para as pessoas era como uma divindade.
Winston aparece no final jogando xadrez sozinho, com vergonha de tudo o que tinha feito, assim como Julia também. Os dois tinham 'pedido desculpas' para a nação, através da TV, rádio. E eles seriam mortos logo após. É assim que tudo termina.

Se você entendeu tudo o que eu escrevi, tá ótimo então. Senão, é porque eu não sei contar histórias e ignore tudo! rs
Trechos do livro
"Houve uma fração de segundo
Em que nossos olhos se encontraram,
E compreendo que pensávamos o mesmo.
Uma mensagem inequívoca fora transmitida.
É como se as duas mentes
Tivessem se aberto e os pensamentos fluído
Se um para o outro através dos olhos:
"Estou com você"
"Sei exatamente o que está sentindo
Sei tudo sobre seu desprezo,
Seu ódio, seu asco.
Mas não se preocupe,
Estou com você"
Lema do Partido:
"Guerra é Paz
Liberdade é Escravidão
Ignorância é Força"
"Ao futuro ou ao passado, a um tempo em que o pensamento seja livre, em que os homens sejam diferentes uns dos outros, em que não vivam sós - a um tempo em que a verdade exista e em que o que for feito não possa ser desfeito:
Da era da uniformidade, da era da solidão, da era do Grande irmão, da era do duplipensamento - saudações!"
"O pensamento-crime não acarreta a morte: o pensamento-crime é a morte"
"Winston acordou com a palavra Shakespeare nos lábios"
"Se é que há esperança, a esperança está nos proletas"
"Liberdade é a liberdade de dizer que dois mais dois são quatro. Se isso for admitido, tudo o mais é decorrência"
"Como é possível que milhões estejam errados, e como pode estar certa a minoria de um só?"
"A ordem dos antigos despotismos era: 'não farás'. A ordem dos totalitários era 'farás'. Nossa ordem é: 'És'".
(quando Winston foi preso)