quinta-feira, 18 de junho de 2015

Mickey, meu gato

Esse é Mickey em seu castigo por ter roubado meu absorvente.
Sim, ele pega e sai correndo. Ele sabe que é errado!

- Paty, abre ali pra Mickey! -  grita minha mãe da cozinha.
É assim quase todos os dias. Chega a noite e meu gato fica pirado pra sair. Ele fica na porta esperando alguém chegar da rua. Ou alguém jogar o lixo. E é assim que ele sai correndo pra fora.

Já acompanhei ele nessas saídas várias vezes. A vizinha interfonava reclamando dizendo que ele mijava nas plantas dela. Era tudo mentira. Teve dia que ela reclamou e Mickey nem tinha saído de casa! Mickey aprendeu a não fazer isso. Depois que virou adulto é que não faz mesmo. Aqui em casa também tem planta. Enfim.

Depois disso fui atrás dele e descobri o segredo do meu gato. Segredo não, todo gato tem esse comportamento. Ele descia do quarto andar para o primeiro, pulava o muro do corredor e ficava no teto do estacionamento. O que fazia lá? Tentava caçar alguma coisa. Até morcegos. Ficava observando as pessoas embaixo, ou simplesmente ficava sentado olhando pro nada. Se esfregava no chão. Mas a maior parte do tempo, ele não fazia nada.

Antigamente ele ia mais longe. Saía do prédio e ficava caçando na rua. Não ia mais longe que isso (ainda bem). Ainda hoje ele volta com alguma lagartixa pra dividir com a mãe e a irmã. Mas não é tão frequente.

Antigamente essas saídas demoravam mais. Hoje em dia ele sai e num instante volta. E como ele entra em casa? Bom, ele fica na porta miando, chamando a gente pra abrir, porque afinal, ele ainda não aprendeu a abrir a porta, rs. E é assim. Eu vou lá abrir a porta pro cara.

Ele tem hábitos que eu nunca vi em nenhum gato. Ele é muito carinhoso. Eu chamo ele, e ele atende. Ele olha. Ele fica de barriga pra cima pra pedir carinho. Ele me chama pra colocar comida ou água. Fica agachado de frente pro pote miando e olhando pra mim. Ele só falta falar: - Olha aqui, tá faltando água pra beber!

Mickey tem todo um charme. Tem sentimentos. Fica triste, feliz, decepcionado, irritado. Mas ele meio que sabe o que a gente quer e o que a gente quer dele. O olhar dele diz que ele sabe. Uma vez eu fiquei triste, e eu tenho certeza que ele sabia.

Mickey sabe quando faz alguma coisa errada. Ele faz escondido ou ele sai correndo pra se esconder. Mas ele sabe que eu amo ele.

Ter adotado Pandora, foi uma das coisas mais felizes que eu fiz na vida. Ela teve dois filhos lindos. Um casal que dá banho um no outro. Um não vive sem o outro. Se tá faltando alguma coisa na tua vida. Alguém. Quem sabe pegar um gato na rua e dar carinho a ele. Com certeza ele vai retribuir.

terça-feira, 16 de junho de 2015

O Valor do Tempo

Eu comecei a refletir mais sobre isso quando li um texto de Sêneca no blog de Patrícia Pirota. Fiquei refletindo sobre como administro meu tempo e o que faço com ele. Adicionei às minhas metas valorizar mais o meu tempo.

Zeca Camargo passou seis meses viajando pelo mundo. Muita gente viajaria sem aprender nada, sem ter aproveitado o tempo em cada lugar. Mas ele soube alimentar sua alma de experiências:

"[...] Eu tentei colocar tudo aqui, nas a tarefa é inglória. Eu mesmo não me lembro de tudo que vivi e experimentei nesses últimos seis meses. Mas sei bem como tudo isso mexeu comigo. Sobretudo como isso me fortaleceu. Lá em cima brinquei que as pessoas que não têm a sensibilidade para entender coisas assim jamais chegariam a essa altura deste longo texto de hoje. Espero realmente que elas tenham me abandonado parágrafos atrás. E celebro quem veio comigo. Porque se você chegou até aqui é porque tem o potencial de entender o poder dessas coisas que a gente experimenta pelo mundo. E sabe como isso transforma.
Voltar para a rotina, para a minha realidade aqui é um processo cruel, mas que encaro agora sem medo. Voltei com uma coragem e, sobretudo, com uma certeza do que eu quero da vida, como nunca havia conquistado nesses 52 anos. E tudo isso me deixa, repito, mais forte. E, consequentemente, mais feliz. E se escrevi tudo isso até aqui foi para poder dividir isso tudo com você. 
[...] 
Se essa última viagem de seis meses (quase ininterruptos) me ensinou alguma coisa, foi a de que eu ganhei essa experiência sim. Cresci ainda mais com ela. E seria injusto guardá-la só para mim".
[Uma História do Tempo - Zeca Camargo] 

Eu li um livro que tinha um trecho que falava sobre o tempo e não me recordo qual é. Vou deixar registrado aqui pra poder procurar mais tarde.