sábado, 24 de maio de 2014

Motivado pelo desafio, sex symbol vira protagonista de documentário


O documentário Roubamos Segredos – A História do WikiLeaks (We Steal Secrets: The Story of WikiLeaks) com duas horas e dez minutos de duração foi dirigido por Alex Gibney conta a história do hacker Julian Assange. “Roubamos segredos” veio do General Michael Hayden (ex-diretor da NSA e CIA) – uma das fontes no documentário.

Nascido em Nova York, em 1953, Alex Gibney construiu sua carreira como diretor e produtor de documentários para a televisão. Seu longa Enron: The Smartest Guys in the Room (2005) foi indicado ao Oscar de melhor documentário e o filme Táxi para a Escuridão (2007) ganhou Oscar de melhor documentário.

Em We Steal Scecrets: The Story of WikiLeaks Alex entrevista Julian Assange, um ciberativista, jornalista e escritor australiano. É o principal porta-voz do website wikileaks.com (site de denúncias e vazamento de informações) e também um dos nove membros do conselho consultivo do WikiLeaks.


Alex pergunta a Julian o que o motiva a divulgar segredos de Estado para milhões de pessoas denunciando o que as autoridades tentam esconder. Posteriormente mostra o trabalho que o grupo do WikiLeaks fez no caso dos bancos falidos da Irlanda – onde a fama de Julian Assange cresceu.

O documentário também fala de Adrian Lamo, um hacker famoso dos Estados Unidos que ficou conhecido por quebrar uma série de sistemas de alta segurança de rede de computadores. Somente após invadir o New York Times é que foi preso. Adrian Lamo prestou informações sobre Bradley Manning (analista de inteligência do exército americano) para autoridades federais. 


Traído por Adrian Lamo, seu companheiro hacker, Manning foi mantido preso (em condições de extrema prisão) por quase um ano na base militar de Quantico, na Virgínia. Lamo foi duramente criticado por isso.

A história de Manning é contada cronologicamente de acordo com a ascensão e a queda de Julian Assange. Assange se tornou um ativista dedicado ao compartilhamento de informações.

“Julian foi acusado de 29 crimes de penetrar, alterando, e destruir dados do governo. A defesa pediu ao tribunal para ser indulgente porque Assange tinha vivido uma infância difícil, continuamente passando de cidade em cidade sem relacionamentos duradouros. Sua única conexão constante com o mundo exterior era a Internet”, diz o documentário.

Surgiram alegações de agressão sexual contra duas mulheres em que Julian Assange mantinha relacionamento. Uma delas é uma agente da CIA. O documentário mostra vários ativistas que alegavam que as acusações eram falsas e que serviam para tentar calar as denúncias que Julian fazia. Uma fonte defende que, por Julian ter quatro filhos com mulheres diferentes, a intenção de suas relações sexuais era o de reproduzir. Assange ficou escondido por um tempo e depois se entregou à polícia.


Com todo o desmoronar de Assange, houve um bloqueio financeiro que mantinha o WikiLeaks ativo. Empresas de cartões de crédito pararam de efetuar transições de doações à organização. O WikiLeaks perdeu o controle da informação que continha e que pautava os grandes jornais ao redor do mundo. O fundador do órgão permanece escondido, isolado na Embaixada do Equador, em Londres.

O documentário levanta questões como a transparência e a liberdade de informação. Informações que antes apenas o governo detinha, foram publicadas e eternizadas através da internet e chocaram o mundo. O filme de Alex Gibney reflete sobre as informações consideradas secretas não deveriam ser de domínio público.

A internet não é um bom lugar para segredos

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