domingo, 16 de junho de 2013

Dançando com Shirley MacLaine

Dançando na Luz (Dancing in the Light) não é um livro para qualquer pessoa. "É compreensível que leiam com ceticismo o que acabei de contar", é o que diz a primeira frase do epílogo.

Eu sei que eu deveria ter esperado a enquete terminar e ver o resultado, mas não resisti -.-

Dançando na Luz conta a história de Shirley MacLaine após seu aniversário de 50 anos de idade. (Hoje ela tem 79 anos). Mas é uma história muito envolvente, cheia de coisas misteriosas, coisas maravilhosas e também coisas atordoadas. Seu relacionamento com a filha Sachi, com os pais, com o ex. Mas o que mais se mostra nesse livro é a sua relação com a espiritualidade.

Shirley MacLaine nasceu na Virgínia. Começou sua carreira na Broadway como cantora e dançarina e depois passou para o cinema atuando em filmes e na televisão. Viajou muito pelo mundo tendo várias experiências interessantes. Shirley é estrela dos Estados Unidos admirada no munto inteiro.



Ao fazer cinquenta anos de idade, se dispôs a retornar a fazer uma jornada espiritual que iniciou aos quarenta anos. Pelas experiências que Shirl teve, eu diria que ela é corajosa.

Ela também fala de sua infância, faz reflexões após sua mãe ficar doente novamente. Praticava balet na infância. O primeiro filme que atuou foi em 1955, O Terceiro Tiro de Alfred Hichtcock.

Shirley faz consultas com os seus guias espirituais. Ela passa por experiências que muda completamente a sua vida. Acontece durante algumas seções de acupuntura em Santa Fé e conhece o seu eu superior.

As coisas foram se desenrolando e eu ficava em dúvida de que religião MacLaine era. Sabia que na infância ela tinha sido protestante, mas depois ficou claro que não. Mas o que ficou mais claro pra mim nesse livro é que Shirley MacLaine não tinha religião (muito menos seus guias espirituais).

Uma coisa que eu quero deixar claro: se você é cético, não acredita em espiritualidade e nem em reencarnação - não toque nesse livro. Mas se você não tem religião, mas tem alguma crença ou tá confuso - leia. E também quero deixar claro que não considero este livro como auto-ajuda, assim como não considero Richard Bach auto-ajuda.

Apesar de não falar muito do seu irmão, vale ressaltar que ele é o diretor de Reds (1981).

Este não é o único livro autobiográfico de Shirl em que se diz acreditar na reencarnação e em vida em outros planetas. Ela tem uns 13 livros publicados, e tenho certeza que 7 deles estão traduzidos. 

Abaixo eu vou colocar alguns trechinhos, mas tem partes (grandes) do livro que não tem como colocar aqui. São pedaços interessantíssimos que aconteceram na vida de Shirl. Principalmente sua relação com o ex russo. Comprem o livro!

Trechos
"A amizade é como um navio no horizonte. Nós o vemos recortado contra o céu, e em seguida ele avança, desaparece de vista, mas isto não significa que continue lá. A amizade não é linear. Ela se move em todas as direções, nos ensinando sobre nós mesmos e sobre cada um de nós. É por isso que no transcurso de longas amizades estamos presentes presentes um para o outro, mesmo que nem sempre estejamos visíveis".

"Escrever tornou-se, mais uma vez, uma extensão lógica e natural da compreensão e explicação dos meus pensamentos e sentimentos, da tentativa de compreender os pensamentos e sentimentos de outros".

"Descobri que em geral um livro leva a outro, da mesma forma que uma conversa leva a muitas outras".

"É a qualidade do tempo que se passa com alguém. E não a quantidade". - de sua filha Sachi

"Se não conseguíamos essa comemoração individual, como poderíamos comemorar os outros? Se não nos amávamos, como poderíamos de fato amar mais alguém? Se nos sentíamos bem conosco, nos sentiríamos bem com os outros. Levou-me cinquenta anos para alcançar esta atitude mental, e não estava disposta a mudá-la mesmo que parecesse presunçosa. Ela era real para mim. Também senti, e ainda sinto, que enquanto mantiver uma atitude positiva, esto será apenas um começo sem limites".


"Há muito aprendera que me divertir era mais importante do que me preparar. Fora uma lição dolorosa, mas me sentia muito mais feliz pois o importante era viver o momento".

"Às vezes digo à platéia que gostaria de apresentar uma pessoa que entrou na minha vida e é muito especial para mim. Digo que ela representa muitas qualidades para mim: integridade, trabalho, experiência, longevidade, qualidade e amor. E além disso, dorme comigo. Eles prendem a respiração e olham em volta, imaginando quem será. Então retiro o pano e mostro o Oscar".

"Mamãe representava a tirania do frágil, e papai a insegurança do tirano".

"À medida que progredia na escola, encarava meus estudos apenas como algo que me era exigido; a dança, que meus pais tinham me feito começar, era a minha vida".

"Procurava palavras que pudessem expressar meus pensamentos e sentimentos e pela primeira vez compreendi que os poetas são os verdadeiros tradutores de Deus. Lembrei-me do famoso poema de William Blake:
To see a World in a grain os sand
And a heaven in a wild flower.
Hold infinity in the palm os your hand
And eternity in an hour
(Ver o mundo num grão de areia
E o céu numa flor singela.
Segurar o infinito na própria mão
E a eternidade numa única hora.)"

"Conhecer o eu é a única coisa que vale a pena conhecer. Tudo flui do eu".


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