Este texto foi originalmente escrito para ser publicado no blog do Aguinaldo Silva Digital (o que infelizmente, não aconteceu).
O texto foi escrito na madrugada do dia 14/02/2015.
Galo da Madrugada de 2015 na Ponte Duarte Coelho (14/02/15) - Acervo Pessoal |
Um galo normal faz cocoricó acordando os que ainda não despertaram. Mas o exibido Galo de 27 metros de altura canta um hino pra chamar bem cedo os foliões e começar o maior bloco de carnaval do mundo. E sabemos em que voz e ritmo esse galo costuma cantar aos nossos ouvidos:
“Ei pessoal, vem moçada.
O carnaval começa no Galo da Madrugada...”
Já dá pra sentir a
grandiosidade do Galo da Madrugada desde a sua montagem: centenas de pessoas
(foliões, turistas e trabalhadores) passam pela Ponte Duarte Coelho tirando
fotos e selfies com o grande
protagonista (de 33 toneladas) do carnaval. Uma agitação que dura o carnaval
inteiro.
Não esquecendo também
de todo tipo de comerciante vendendo água, cerveja, óculos de sol,
“lambe-lambe” e artigos de fantasias; uma oportunidade de lucro que ninguém
sabe quanto tempo vai durar.
Visto da Ponte de
Ferro, o galo pareceu alheio a todas as fotos que estava sendo alvo - exibido e
ansioso para hoje, seu grande dia. Esse ano ele está mais elegante do que nunca,
vestindo fraque em amarelo e preto, tocando saxofone e com sombrinhas de frevo
em sua crista. Sombrinhas essas que rodam com a brisa do Rio Capibaribe.
Mas no Galo da
Madrugada não só tem o galo gigante. Tem também os gigantes bonecos de Olinda.
E muito mais do que as atrações musicais dos trios elétricos, temos fantasias
caprichadas e figuras pitorescas que nunca perdeu uma edição do bloco e cumpre
bem o papel voluntário de divertir a multidão.
E se “...o carnaval
começa no Galo da Madrugada”, os últimos versos da poesia de José Honório
terminam assim:
“(...) Se para uns basta o Galo
Pra muita gente é o começo”.
“(...) Se para uns basta o Galo
Pra muita gente é o começo”.
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