quinta-feira, 13 de junho de 2019

a corrida no dia dos namorados


[enquanto escrevo]

Ontem (11/06/19), eu voltei a aumentar a carga nas máquinas de musculação, parte superior. E eu não sei o nome daquelas benditas, odeio musculação. Logo em seguida fui pra aula de funcional que também focava os membros superiores.

A primeira série já senti o peso de ter trabalhado os braços: montanhista, [não sei o nome, mas você fica na mesma guarda alta do montanhista e toca a mão no ombro oposto tentando não mexer muito o corpo, quadril] e a clássica prancha.

A segunda foi mais dinâmica com burpee, abdominal borboleta e flexão de braço no banco. Ainda bem que foi no banco porque se fosse no chão eu não teria condições. Meus braços estavam sem força.

Hoje seria o dia em que eu ia dar uma corridinha na esteira e ir treinar judô. Mas devido ao dia dos namorados, não teve. Então tomei a inteligente decisão de correr na orla.

Eu acho que eu fui uns 500 metros além do que eu já tinha feito antes. Não dá pra ter certeza por motivos óbvios, mas segundo a minha pesquisa do Google deu 450 metros a mais. Mas dessa vez tem algo que fez a maior diferença de outras corridas que fiz anteriormente.

Antes eu ia até um certo ponto, resolver um B.O. (então eu tinha um tempo ai de descanso e até tomava dois copos d'água) e só depois eu voltava.

Dessa vez eu não parei. Já estava bastante cansada e com muita sede...

Vou abrir um parenteses aqui porque eu não falei das minhas condições quando saí de casa pra essa corrida: quando eu já estava à caminho da orla [da minha casa para orla são 700 metros], tinha me arrependido de não ter tomado pelo menos um copo de água porque já estava sentindo sede. Quando eu cheguei lá na orla, senti uma dorzinha chata no pé da barriga. E aí comecei a fazer um exercício de respiração para circular oxigênio. Senão, não teria condições de aguentar a corrida.

Mesmo enquanto estava fazendo o exercício de respiração, comecei a aumentar o ritmo dos passos. Assim que a dor passou comecei a correr - uns 500 metros depois.

Eu não fazia ideia do quanto eu ia aguentar. Eu só queria ir um pouco além do que tinha ido antes [meu ponto de referência inicial (p/ retornar) era o habbibs]. E como eu disse antes, fui bem além. Digo assim porque não teve parada para descanso. Eu fiz 4km, mais ou menos, sem parar.

Eu já estava muito cansada antes mesmo de chegar no ponto que fui 1 semana e meia atrás. Mas estava muito decidida a ir além. Então usei o controle da respiração para poder ir mais longe. Tanta coisa passa na minha cabeça quando estou tão cansada. Porque eu tento pegar um ponto de referência que marque o ponto de retorno da corrida.

Acabei chegando no final no Flat 4 rodas e fiz a voltinha do retorno. Eu queria muito só parar quando chegasse no ponto onde iniciei - no quartel de Olinda. Em determinado momento eu pensei que não fosse conseguir. Meus tornozelos estavam doendo, respiração estava mais ofegante. Mas consegui. E fiquei muito feliz por isso. Foi uma realização pessoal.

Eu já fiz 4km várias vezes na esteira. Com muita dificuldade sim, mas foi na esteira.

Eu sempre soube, quando comecei a corrida na esteira, que correr na rua é diferente e mais cansativo. Mas não sabia na prática até experimentar.

Eu bem sei que há milhares de pessoas por aí que faz 42km e eu nem sequer cheguei aos 5km com tranquilidade. Mas só estou tentando ir além de mim mesma. SE eu chegar lá, vai ser só consequência disso.

[a trilha sonora dessa minha corrida foi em homenagem ao grande mestre]

Acho que vou fazer outro post sobre uma outra corrida que fiz em abril, mas vai ter bem menos detalhes e mais filosofia.

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